Após a segunda guerra, não existia uma autoralidade sobre a fotografia, os jornais encomendavam as imagens e ficavam com todos os direitos, o fotografo era apenas um meio para se conseguir aquela imagem, cançados disso, Robert Capa, junto com David Saymour, Henri Cartier Bresson e George Rodger fundaram a agência Magnum (e colocaram esse nome em homenagem a uma garrafa de champagne).
A Agência Magnum revolucionou o mercado quando nasceu, tirou a autoria dos jornais e revistas e devolveu para os fotografos, donos de fato das obras. Isso inundou o mundo com criatividade, pois, sem as redeas dos editores, os fotografos podem extrapolar na criatividade, agora, os jornais que procuram a imagem que se adequavam a eles, e não mais o contrário.
A agência funciona como uma base socialista, os associados tem 50% do valor de venda das fotos, e a outra metade fica para cobrir os gastos da empresa. Para fazer qualquer investimento na empresa, os associados ao invés de pegar empréstimos, reduzem a margem de lucro para cobrir os gastos. Todas as decisões são tomadas em assembléias anuais, onde são decididas os investimentos, os rumos da agência e a admissão de novos membros (por ano, cerca de 300 portifólios são recebidos pela agência, mas apenas 2 ou tres são aceitos). No cast da empresa temos vários mestres, como Abbas, W. Eugene Smith e até Sebastião Salgado.
Como todos os fotografos da era analógica, a agência passou por sérias dificuldades na transição para o digital, principalmente com a cultura da imagem que temos hoje, com a ampla desvalorização do fotografo, eles investiram em outros mercados, como o da arte, onde montaram uma galeria e vendem séries limitadas de fotografias históricas.
Se quiser saber mais sobre esse icone da fotografia, visite o site da agencia http://www.magnumphotos.com/, ou assista essa matéria do Mundo S/A .
Thiago Guimarães Fotografia 